Paulo Franke

30 novembro, 2012

2. Suécia... em Família, no Frälsningsarmén (ES)

Segunda Parte

Visitando nossa filha Martta e sua família, que se mudaram para Estocolmo recentemente.

E por que não homenageá-la nesta postagem??


Em 1977, em Washington, com dois aninhos, impressionada com o painel do homem descendo na Lua! 


A menininha que nasceu no Rio Grande do Sul, viveu sua infância mais em São Paulo.


Conforme me falou, um dos tempos preferidos de sua adolescência foi quando trabalhamos em Jacutinga, sul de Minas, em 1987/89. Na foto, na varanda de nossa casa estilo campestre (lembrando a paisagem de montanhas a perderem-se de vista, foi  para mim um dos mais belos lugares onde já vivi).


Morou em muitas cidades e até países, mas foi encontrar o seu noivo, também gaúcho, quando fomos viver durante um ano no Rio Grande do Sul, em 1993. Na foto, o casamento gaúcho, em 1996!


Gosto desta sua foto de jovem senhora, à beira do rio Sena, em Paris (2012)

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Um dia fiz um acróstico com o nome de cada filho; o dela - que tem o nome da avó Martta e como segundo nome o segundo também de sua mãe, Ritva - foi este 
(os dos outros virão eventualmente):


M otivada
A bençoada
R ara
T rabalhadora I
T rabalhadora II
A rtista

R ealizadora
I nternacional
T alentosa
V alente
A migável

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Como foi bom ser novamente hospedado por eles!






A bela casa deles evidencia o quanto é criativa, mas porque seu nome não tem a letra c, não constou no acróstico esta outra qualidade que lhe é peculiar.


Seu nome, do finlandês, é com dois TT... e coloquei no acróstico "trabalhadora em dose dupla". Até o pai ela fez "colocar a mão na massa", pela primeira vez na vida, quando preparou quitutes para o bazar de Natal do ES e da escola dos filhos.


Torta salgada com presunto e queijo, e a famosa "pulla" doce finlandesa (quem quiser a receita, tenho certeza de que ela a enviará com prazer).


Os queridos netinhos, que falam português em casa, inglês e finlandês, agora diante deles o desafio de aprender o sueco no novo país, o mesmo que aconteceu com meus filhos quando fomos morar em Åland, história que se repete.


Esta semana, a primeira neve pra valer na Suécia.


A neve faz a alegria das crianças...


... e o trabalho dobrado das mães que vivem em países "brancos" no inverno, principalmente quando têm filhos pequenos!


Este simples panô - com o versículo de Provérbios 31:21 sobre a mulher virtuosa - desenhei para homenagear as mulheres da família e até hoje está em um canto de nossa casa. Significativo o "lã escarlate", que interpreto como o sangue protetor de Jesus.

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Martta Ritva, que com meu genro cursou o seminário do Exército de Salvação em Helsinki, é formada pela Universidade de Oulu em

Master of Arts · Swedish · English Philology 




Sua tese de mestrado, encadernada e exposta na nossa sala, tem um nome longo, mas é muito interessante:

INTERPRETATIONS OF POLYSYLLABIC LATINATE ENGLISH LEXICAL ITEMS - BY NATIVE SPEAKERS OF ENGLISH, FINNISH AND PORTUGUESE (A COMPARATIVE RESEARCH)

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Minha viagem à Suécia não foi somente de caráter pessoal e familiar, mas incluiu também uma missão junto ao Corpo de Södertälje, que dirigem no momento.







O momento quando eu pregava em sueco no domingo passado pela manhã (não deu para tremer porque já fui "atirado n'água" desde que cheguei à Finlândia, enfrentando o púlpito, por seis anos, no Templet sueco. Mas se alguém perguntasse, digo que prefiro pregar em português, naturalmente, e depois em inglês e por último em sueco).



Meu genro teólogo, Leandro, que tem também o degree de mestrado em Educação e Globalização, posa ao lado de duas pessoas que foram alistadas soldados do ES no domingo passado, os primeiros a se tornarem salvacionistas  no curto tempo deles como dirigentes - há somente três meses - uma brasileira e uma finlandesa, bem significativo!


Um dos músicos da banda do Corpo presenteou-me com um CD da banda.

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Próximas duas postagens da série Suécia:

3. Passeando pela bela Estocolmo.

4. Lembrando a Copa 58...  O filho sueco de Garrincha.

e

A casa da sueca Greta (Gustafson) Garbo.

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Vi ses... Nos vemos...

 Marido, pai, sogro e avô reconhecidamente "coruja"!

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27 novembro, 2012

1. Finlândia-SUÉCIA-Finlândia, cruzeiro pelo Báltico (fotos).


Parte 1

Ida/tur...

Meu cruzeiro pelo norte do Mar Báltico para visitar minha filha Martta e sua família, que foram transferidos para a Suécia em agosto de 2012.



Em setembro, Anneli visitou-os pela primeira vez na Suécia, agora foi a minha vez. Ao fundo, Estocolmo.


O folheto, que divulga o cruzeiro pela companhia sueca Viking Line, mostra a cidade onde se pode tomar o navio, Turku em finlandês e Åbo em sueco, considerada a segunda maior cidade da Finlândia e que já foi a sua capital quando a Suécia dominou o país. De Hämeenlinna, onde moramos, necessário se faz que tomemos um ônibus até a dita cidade, viagem de duas horas. E até Estocolmo de lá, 10 horas...





Horário em ambos os países... uma hora adiantada na Finlândia.



O Mar Báltico pode ser considerado fazer "fronteira" ao norte com o Golfo de Botnia e ao nordeste com o Golfo da Finlândia (até S.Petersburgo, cruise que já fiz três vezes)...



... golfos que podem ser considerados  parte do Mar Báltico. Já viajei pelo mesmo, rumo sul, no ano 2000, até a Alemanha (Rostock),  onde enfrentamos uma tempestade durante a noite que não foi brincadeira.



No duty-free do navio, louça à venda com o formato dos dois países e os preços marcados sempre em euro e em coroas suecas (kronor).



Café da manhã/breakfast self-service no navio... é comida pra valer!



Sempre olhando para as mil ilhas do trajeto.



Decoração de Natal no navio.



A energia eólica presente também ao norte do Mar Báltico.



O poder do vento... um tipo Pentecoste??



Como não reservei cabine, porque a viagem foi durante o dia, aproveitei para tirar muitas siestas na sala de poltronas tipo avião. E deu pra dormir muitas vezes ao som de "Danúbio Azul", lembrando a valsa vienense de Johann Strauss, neto de judeu húngaro e que se converteu ao catolicismo (no meu blusão o Levi Strauss & Co... California). Para proteger-me do friozinho depois da siesta, o cachecol que comprei na Escócia.



Depois de quatro horas mais ou menos, a primeira parada do navio... a ilha de Åland/Ahvenamaa, província finlandesa de língua sueca, onde aprendemos o idioma.


Foi aí, foi aí, foi aí... "a maior åventurå de fé de Paulo Franke" (alguns leitores hão de lembrar-se de ter lido a postagem neste blog sobre a  experiência de termos morado nesta ilha no início dos anos 90).



Uma ilha também turística, boa parte dos passageiros desce aí. Dos visitantes ilustres, visitou-a o filho de John e Jacqueline Kennedy nos anos 80.
Voltarei  um dia?...



Passei as horas finais da longa viagem assistindo ao grupo que cantava músicas "do meu tempo" no  salão de shows.  Aquelas dos anos 50, 60 e 70... E muitos casais "velhuscos" dançando, coisa de que eu gostava muito outrora.  Mas observando-os, achei-os um tanto cômicos, mas que estavam divertindo-se estavam! Alguns jovens entravam no salão e fugiam dali apressadamente para irem ao Disco, a "danceteria"-  como dizem os gaúchos - de gente jovem.



Poderia ter obtido boas fotos do por-do-sol no navio... se as janelas estivessem limpas, difícil daqui pra frente neste final de outono e quase início do rigoroso inverno. Nem ao deck fui devido ao frio de rachar!! 

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Volta/ Retur...


O mapa oceanográfico da região. Estocolmo à esquerda, no meio a ilha de Åland/Ahvenamaa, à direita a parte continental da Finlândia e o porto aonde nos dirigimos, da cidade de Turku/Åbo. Interessante que parecem "colados" a ilha e nosso destino, mas trata-se de um imenso arquipélago no Báltico, com ilhas e ilhotas comparadas a uma bolacha cream-cracker em farelos, uma das razões de o cruzeiro no ferry-boat demorar tanto, isto é, o desviar-se contínuo das ilhotas.



Mar, ilhas  e nuvens...



... cenário um tanto monótono...



... quase um convite à nostalgia, mas de muita beleza também!



No retorno, tentei preencher novamente horas na sala de shows, mas a "preferência nacional finlandesa", isto é, tangos, me fez ficar somente alguns minutos (não que não goste de tangos, de alguns até gosto). Enfim, fui fazer hora na Sauna do navio.



... com direito à jacuzzi, um relax e tanto! 



A sauna a 90/95 graus, típica finlandesa, ainda bem! Minha filha disse-me que a sauna sueca é "pros fracos", bem morninha!!



Bons chuveiros! E no ritual finlandês, toma-se uma ducha antes e depois da sauna, idem antes de entrar na piscina.


Da escotilha do vestiário, um navio da companhia de navegação finlandesa, Silja Line.



Mais luxuosa do que a sueca Viking Line, com certeza! Os ferryboats fazem geralmente a linha Helsinki-Estocolmo. A viagem via Turku custou-me, ida-e-volta, somente € 52.00; eu e a minha boa mania de viajar-barato!



Agora a sauna deu sono e, misturada à paisagem, mais ainda, zzzzzzz.



Mas ao passar novamente por Mariehamn, a cidade maior da familiar ilha de Åland, outra espiadela...



Vista do porto, praticamente nada mudou desde que nela vivemos... Muitas lembranças de nossos três filhos, criança o menino e adolescentes as meninas.



Ali, um pentecoste aconteceu em nós, que teve o seu "preço incluso", em sueco "pris inkluderad"...



No inverno o Mar Báltico é praticamente congelado e navios quebra-gelos abrem caminho para as embarcações.  Longa viagem, mas já bem conhecida, e que valeu a pena. Suécia, até a próxima! Felizmente, já tenho data marcada para voltar, se Deus quiser!

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A propósito de navios, acesse o meu blog2, sobre histórias de hinos, e ouça um belo hino tipicamente sueco - "De kommer från öst och väst"/ "Do oeste e do leste vêm!", que traduzi para o português, esperando que os leitores daquele blog o aprendam e divulguem em suas igrejas. Uma oportunidade para você ouvir o idioma sueco através do youTube:

www.paulofranke-historiasdoshinos.blogspot.com


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Próximas postagens da série:

- Em família.
*
- Passeando pela bela Estocolmo.
*
- A casa de Greta Garbo e o Corpo do ES
 que ela frequentou.
*
- A recente partida Brasil-Suécia antes de implodirem o estádio, 
palco da Copa 1958. O filho sueco de Garrincha.

Bem-vindos

Välkomna!

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The last but not the least...



E já que falamos em valsa vienense de Strauss... "Danúbio Azul"  (na foto, à beira do Danúbio, em Viena, ano 2001). Escute-a: