Paulo Franke

29 agosto, 2011

JANELAS e a "Janela Indiscreta" (Rear Window)

Postagem dedicada a quem gosta de janelas e não as ignora... e a quem na vida gosta de paisagens e espaços. Alguém falou: "Auto-piedade significa que todas as janelas da casa da vida se transformaram em espelhos, de modo que a pessoa vê somente a si própria." Que ao ver as janelas que aqui publico - em fotos minhas em sua maioria - alarguemos nosso horizonte e saiamos das quatro paredes que limitam a nossa visão da vida. É dedicada também aos meus amigos que, como eu, gostavam de cinema antigo, filmes naquele tempo assistidos em telas gigantes.
É também uma janela para o meu blog.



Uma das minhas fotos preferidas: meus filhos crianças brincando na casa do quintal. Sempre era difícil fazê-los "posar para uma foto" - dessa vez foi totalmente espontânea.



Montanhas a perderem-se de vista da janela de nossa casa no sul de Minas.



As janelas do orfanato que dirigimos em Jacutinga-MG no final da década de 80.



A paisagem da sala de jantar da casa de uma das minhas filhas que mora no norte da Finlândia.



O gazebo onde foram filmadas cenas do filme "A Noviça Rebelde" (Sound of Music) - que as filhas assistiram muitas vezes e cujas músicas cantavam - em exposição permanente em Salzburgo, na Áustria. (Postagem "De trem pela Europa - Salzburgo" - 2008)



E naquela viagem, chegando a Vevey, na Suíça, foi quase tudo o que pude fotografar da mansão de Charles Chaplin. (Postagem "De trem pela Europa - Vevey")



Uma casa de lindas janelas em Berlim.



Casa de lembrança de bons momentos passados no Brasil.




As duas janelas do nosso apartamento na Finlândia.



Plantas, pedras brasileiras e em vidro a flor preferida de minha esposa enfeitam as janelas amplas, típicas finlandesas.



Vista da janela da cozinha: um grande quartel construído no tempo do domínio russo.



É como ficam muitas janelas no inverno rigoroso de temperaturas que baixam a 20 negativos ou menos ainda.



As cortinas que a natureza teima em colocar nas janelas.



Nadando na piscina aquecida do clube, o gelo como espadas não assusta.



Onde tenho o meu estúdio e de onde faço o meu blog.



A parte de trás do Exército de Salvação de Hämeenlinna.




Uma janela de nossa cidade.



E outra, de 1902!



A embaixada brasileira em Paris e suas típicas janelas francesas.



Um zoom nos dois velhinhos na janela. Pena que não era uma moça feia para citar Chico na legenda: "...A moça feia debruçou na janela, pensando que a banda tocava pra ela".



As águas-furtadas do Palácio de Versailles, onde ficavam os criados.



E a hera verde quase cobre as janelas no bairro parisiense de Marrais, o bairro mais judeu da capital francesa.



As janelas da casa onde nasceu Anne Frank em Frankfurt.



E a parte de trás do "Anexo Secreto", em Amsterdam, onde Otto Frank escondeu-se com sua família nos últimos andares do prédio onde trabalhava. (Veja diversas postagens sobre o assunto)



Janelão do museu de Bergen-Belsen, na Alemanha, onde morreram Anne e a irmã Margot, uma linda paisagem com um banco, mas que não relaxa o visitante... (Veja "De trem pela Europa").



Em Varsóvia, capital da Polônia, fotos de judeus que moraram neste e em outros prédios emocionam (Veja postagem "Viagem à Polônia", em 2010).



Diante desta janela não contive as lágrimas ao ver os chales dos rabinos em Auschwitz-Birkenau (veja uma de minhas primeiras postagens).



Poster de janelas de Jerusalém: de 1900, de 1880, de 1925, de 1930...



... de 1935, de 1860, de 1970...




... e de 1980.


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O filme que adquiri nas férias no Brasil, o qual divulgo aqui.



Espionando janelas, desvendou...
"Contar o filme" a quem não o assistiu ainda perderia a graça, pois é sensacional.



Para mim é um dos melhores de Alfred Hitchcock, o "mago do suspense", na foto em cera, como o vi no Museu Madame Tussaud, em Londres. As mãos foram moldadas do próprio Alfred.



As fotos de Jimmy Stewart, com sua assinatura original, e de Grace Kelly, recebidas do estúdio de Hollywood à porta de nossa casa na década de 50, passatempo de muitos jovens (veja postagem respectiva).



Passar diante da casa de Jimmy em Beverly Hills e ver suas janelas com grandes toldos foi um momento especial.



Mais ainda, naquele ano, vê-lo passar em carro aberto, abrindo a Parada das Rosas, em Pasadena-CA.



Anos mais tarde, publiquei no nosso jornal o apelo de Natal que, como patrono da campanha nos EUA, fez ao público. Naquele tempo, o The Salvation Army operava em 86 países, hoje em 125!


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Algumas "janelas" na Bíblia:

Provérbios 7:6... / Daniel 6:10 / Malaquias 3:10 /

Atos 20:9 / 2 Coríntios 11:33

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Você já percebeu??

Há o comportamento "de porta" e o "de janela". Por exemplo, quando atendemos a quem bate à porta preparamo-nos para atender da melhor forma possível; quando somos vistos através da janela, somos pegos como realmente somos, sem artifícios. Falamos sempre que Jesus bate à nossa porta... Verá também Ele o nosso "comportamento de janela"? A pensar...

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L i n k

Da mesma janela, a foto que tirei em cada uma das estações do ano:

28 agosto, 2011

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O único livro que comprei nas férias no Brasil.

Ele sobreviveu para contar as atrocidades cometidas pelos nazistas no Campo de Extermínio de TREBLINKA, o mais cruel dos campos de concentracão.

Mais detalhes acerca do livro - forte, mas imperdível! - na postagem respectiva:

http://paulofranke.blogspot.com/2010/10/7-o-dia-escuro-em-que-fui-treblinka.html


18 agosto, 2011

3 - Férias no Brasil - PRAIAS



Das montanhas às praias...



Depois de poucos dias da chegada ao Brasil, voei até a minha terra no extremo-sul, lá onde a Lagoa dos Patos, a maior do país, liga-se com o Oceano Atlântico, conforme o mapa.



A praia do Laranjal, em Pelotas, deserta em um dos mais frios invernos dos últimos vinte anos...


... mas sempre bela a lagoa que mais parece um mar.



As circunstâncias que me levaram à minha cidade natal não foram fáceis... resumo-as com a letra de um lindo hino:

Quando o rio passarmos unidos e, entrando no céu, vamos ver como areia da praia os remidos; Oh! que vista gloriosa há de ser! - Sim, tantos como areia da praia, sim, tantos como areia do mar! Que gozo sentirá todo o salvo ao contemplar, sim, tantos salvos como areia da praia!



A Bíblia também menciona um grande banquete dos salvos por Jesus... E na casa de minha irmã enferma, na linda praia, fotografei a louça familiar que usávamos em ocasiões especiais na casa dos meus pais, presente que receberam no seu casamento, intacto até hoje. E o que sempre me surpreende: a brevidade da vida das pessoas , que se vão enquanto que seus pertences como louças, outros objetos e mesmo papel ficam... No mesmo guarda-louça, há cálices decorados do casamento do nosso avô paterno, ocorrido há exatamente 100 anos.



Voltando a São Paulo, sobrevoei a cidade de Navegantes-SC e pedi ao meu jovem amigo João Guilherme, que lá mora, que me cedesse esta foto que tirou quando viajou pela primeira vez de avião.



Poucos dias em São Paulo e viajei para o estado do Rio de Janeiro, inicialmente para as montanhas, conforme postagem anterior. Então, um outro bom amigo foi a Guapimirim para levar-me aonde vive atualmente: Rio das Ostras.



Minha idéia inicial é que me levaria a uma cidade quem sabe à beira de um rio onde há muitas ostras...



... e quem sabe à beira desse "rio" nascem abacaxis...



... e nesse "rio" há uma prainha solitária, conforme mostram as fotos primeiras que tirei do lugar.



E ainda mais: onde há um miradouro que possibilita uma visão bem ampla do lugar.



Mas nada como uma vista aérea para mostrar a cidade de Rio das Ostras com todo o seu esplendor de praia do Oceano Atlântico, mais uma pérola do estado do Rio, que reúne montanhas belíssimas e também praias singulares!!

E brinquei com meu amigo que o mesmo aconteceu com os descobridores que, no mês de janeiro, avistaram um "rio" a que deram o nome de Rio de Janeiro e é a cidade marítima mais linda do mundo!



Não vi ostras, mas recantos indescritíveis...



... e não deu outra:



o viajante de tantos mares quis registrar a sua presença neste lugar fantástico que visitou pela primeira vez!



Tocolândia, um mercado onde se vende o belo artesanato da região..



Ainda que não fizesse muito calor, não poderíamos deixar de nadar!



Mas deixa-me apresentar o meu bom amigo e sua família:



Francisco é filho de Dona Maria José e neto de uma fiel salvacionista portuguesa. Fui o oficial dirigente do Corpo de Neves, bairro de São Gonçalo-RJ, em 1969, a única vez em que vivi no estado do Rio. Lá conheci esta família que tanto me apoiou com sua amizade e cooperação na obra. O contato com esta família foi um tanto perdido nas últimas décadas, muito pelas minhas viagens para o exterior, mas graças a Deus foi resgatado pela Internet.



Filha Carol, no primeiro plano, e mãe, muito simpáticas!



Aqui, passeando à noite. E enquanto na foto descrevem a cidade onde vivem, da qual gostam muito, descrevo este casal do qual gosto muito também:

Francisco é um grande sujeito, que ama muito sua família, educado, simpático, conversador, amante da natureza (por pouco não o comparo com Francisco de Assis!); Rosa, eu diria: é uma flor de pessoa, tanto que é chamada pelo diminutivo Rosinha por algumas. Assim como na casa dos amigos nas montanhas, nestes amigos da praia fui recebido como um príncipe.



Linda foto noturna, tirada pelo filho Jerônimo, com bela vista das ondas.



Uma imensa baleia ornamenta a praia.



Quantas boas recordações levarei também deste lugar!



Pernoitamos em São Gonçalo, onde vive Jerônimo, e no outro dia Francisco e eu atravessamos a ponte Rio-Niterói para chegarmos à Chegada da Maratona, dando continuidade ao assunto, no Aterro do Flamengo. Em outra ocasião, Aaron participou de uma maratona cujo roteiro compreendia também a ponte.



Enquanto eu estava em Rio das Ostras, Anneli visitava sua irmã.


Imagino que tenham se lembrado do tempo quando viveram com seus pais na Cidade Maravilhosa.



Acima, o percurso da Maratona de 42km. Sempre à beira-mar, certamente é o percurso mais belo de maratonas, mundialmente falando.



Como todo o participante, Aaron recebeu a sua medalha.



Correr definitivamente nunca foi "a minha praia", mas é a dele, e como! "Minha praia", desde a juventude, tem sido trabalhar para Deus, de forma mais criativa possível, sempre contando as maravilhas do Senhor. A seguir conto um testemunho familiar que envolveu nosso filho quando tinha 4 anos, a idade de seu filho atualmente.



Um dia Anneli e eu percebemos que sua perninha direita na altura do joelho curvava-se para dentro, fazendo levemente a letra K. Consultamos um médico ortopedista que, feitos os exames, falou-nos que o osso da cabeça do seu fêmur, na virilha, estava se desfacelando, comparando o problema a uma bolacha cream-cracker. Ficamos estarrecidos e na manhã seguinte comentamos o problema com nossa faxineira, uma mulher crente que prontificou-se a orar e jejuar por ele. E o fez, juntamente com muitas pessoas a quem pedimos que orassem pelo sério problema. Ela deslocava-se a São Paulo desde Osasco em jejum e assim permanecia por longas horas enquanto trabalhava. Resumindo: para surpresa do médico, a quem voltamos mais tarde, o osso foi refeito sem medicamentos e nosso filho foi curado pelo Senhor Jesus, experiência que nos é inesquecível. Hoje correr maratonas é a "praia dele"!



Rio de Janeiro, gosto de você; gosto de quem gosta deste céu, deste mar, desta gente feliz! A canção antiga serve de despedida da Cidade Maravilhosa.



O mapa da Finlândia em pedra anuncia que é hora de voltar.



E assim, depois de 6 semanas em cidades, montanhas e praias, estávamos novamente no Aeroporto de Guarulhos para embarcar de volta pelo Boeing 747 da British Airways, que ainda opera Jumbos.



Longas e cansativas horas de voo, mas sempre gratidão a Deus por Sua proteção!



E assim chegamos ao Castelo de Häme (Hämenlinna/Tavastehus), cidade no sul da Finlândia onde vivemos e trabalhamos para Deus no Exército de Salvação/Pelastusarmeija-Frälsningsarmen (nos idiomas finlandês e sueco).



E no estúdio, onde tenho a Internet, o relógio antigo que meu sobrinho que gosta de antiguidades nos presenteou.



Ao fundo, o poster de minha primeira viagem a Israel, no fundo... a vontade de um dia visitá-la novamente.



E aqui, tomando meu suco finlandês BRAZIL, de laranja-abacaxi importado de minha terra, fico a pensar no saldo (ou no "sumo", como dizem os portugueses) de minhas férias...
"Descascar abacaxi" é algo que precisamos fazer, mesmo em férias, às vezes. "Ter sido um abacaxi" para as pessoas que me hospedaram - em 10 cidades e 8 casas de parentes e amigos - espero sinceramente que não, principalmente pelo fato de que em cada uma , excetuando a do meu filho, fiquei geralmente dois dias e duas noites, no máximo três. Mas fico também pensando em tanta gente que encontrei "descascando abacaxis" tão difíceis atualmente! Queira Deus que nEle encontrem a solução para seus graves problemas.
Sendo bem honesto, comparo minhas férias com o suco de minha fruta preferida, a laranja, cheio de sabor, doçura e altamente nutritivo, refrescante e restaurador. Igualmente doces e carinhosas as pessoas amigas que pude rever ou mesmo conhecer. Agradeço a Deus também pela oportunidade de assistir a sete cultos evangélicos, pregando a Palavra de Deus em quatro deles, com alegria "carregando pedras" durante as férias.

Aleluia!

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Próxima postagem:

Janelas e a "Janela Indiscreta" (Rear Window),

comentários sobre o único DVD que adquiri no Brasil.