Paulo Franke

24 outubro, 2010

Mini-textos de maxi-significados - 10



F I N L Â N D I A

Pesquisas internacionais sugerem regularmente que a Finlândia é um dos melhores países para se viver, mas significa isso que os finlandeses são felizes?

Transcrevo aqui uma pequena parte da longa reportagem sobre o assunto no jornal SixDegrees.

A seguinte pergunta foi feita à Newsweek referente aos "Melhores países do mundo (2010)": Se você nascesse hoje, que país proveria para você as melhores oportunidades de viver uma vida saudável, segura e razoalvelmente próspera?

Em primeiro lugar a FINLÂNDIA foi a escolhida, seguida da Suíça, Suécia, Austrália, Luxemburgo, Noruega, Canadá, Holanda, Japão e Dinamarca (a China ocupou o lugar 59 e a Índia o 78).

Por sua vez, o "Índice dos países mais felizes" (HPI - 2010) classificou em primeiro lugar a Costa Rica, seguida da República Dominicana, Jamaica, Guatemala, Vietnam, Colômbia, Cuba, BRASIL (em nono lugar) e Honduras.

A FINLÂNDIA, o número 1 na lista dos melhores países do mundo, ocupou curiosa e contraditoriamente o lugar 59 dos países mais felizes... Os EUA no rank ocupou o lugar 114.

As razões dessa berrante contradição certamente é motivo de estudos aprofundados, mas se observarmos a clientela que atendemos no Exército de Salvação onde trabalhamos concluímos que o lugar 59 parece ser bem adequado: solitários, alcoolistas, drogados, depressivos, doentes, velhinhos não-amados...

E, juntamente com esses, pessoas bem posicionadas na sociedade que atribuem sua infelicidade ao clima frio e à escuridão do longo inverno (o mapa acima mostra o norte do mundo durante o inverno, extraído da revista Yhteishyvä. Napapiiri significa Círculo Polar Ártico).Negrito

A cada um que nos procura anunciamos JESUS CRISTO, a Luz do Mundo, Aquele que, ao seguirmos - em qualquer parte do mundo - não andamos em trevas de espécie alguma.
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I S R A E L

Um franco exemplo de discurso ocorreu recentemente na Assembléia das Nações Unidas que fez a comunidade mundial sorrir.

Um representante de Israel iniciou seu discurso desta forma:

"Nesta minha introdução quero contar algo sobre Moisés. Quando ele bateu na rocha e dela jorrou água, pensou: 'Que boa oportunidade de tomar um banho!' Despiu-se, colocou suas roupas ao lado da rocha e entrou na água. Quando saiu da água viu que suas roupas haviam desaparecido. Um palestino as roubara.

Um representate palestino levantou-se furioso e gritou: 'O que você está falando? Os palestinos não estavam lá naquele tempo!'

O israelense sorriu e disse: '... E agora, esclarecida essa questão, começarei meu discurso.'"

(Internet)


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C H I L E

O salvamento dos mineiros no Chile ocupou recentemente a mídia. Por horas e horas assistimos, mesmo enquanto trabalhávamos, ao resgate de cada um. Lindo foi ver os aplausos dos presentes e a emoção dos familiares que esperaram por aquele momento há mais de dois meses!

Visitando a Inglaterra, o presidente chileno, orgulhoso, presenteou a rainha e o primeiro-ministro com pedras do local onde ficaram presos.

Nos momentos finais da grande e longa expectativa, de repente o apresentador inglês falou algo que me fez desviar o olhar do computador para fixá-lo na TV:

- "Os mineiros estão gozando de boa saúde, e uma das razões é a seguinte: presos por mais de sessenta dias, quebraram o hábito de cada final de expediente que era o de fumar e ir para o bar beber."

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E. U. A.

O galã Michael Douglas, com visíveis marcas de seu câncer adiantado na traquéia, declarou o que li no Yahoo:

"Devo isso aos tantos anos em que fumei e bebi!"

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Larry King em um recente programa diário na CNN entrevistou homens que foram condenados injustamente, por uma década ou até duas, por crimes que não haviam cometido. No mesmo programa entrevistava a atriz de um filme a ser lançado: "Convicted", sobre o assunto.

Perguntando a cada um como conseguira superar o trauma, a resposta da maioria foi: "Orações, feitas por nós mesmos ou pelos nossos familiares!"

Tentando mudar de assunto, o famoso apresentador voltou à pergunta sobre como suportaram o fato de estarem por anos presos não sendo culpados, ao que eles voltaram a afirmar:

"Graças à oração!"

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Um velho índio americano descreveu certa vez seus conflitos internos:

"Dentro de mim existem dois cachorros; um deles é cruel, o outro é muito bom e dócil. Os dois estão sempre brigando..."

Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia, o sábio índio parou, refletiu e respondeu:

"Aquele que eu alimentar..."

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O famoso pregador americano David Wilkerson, em seu livro "Não estou com raiva de Deus" (Editora Betânia), escreveu sobre "Lealdade":

Quando a Escritura chega ao ponto de declarar que dez homens colocaram milhares em fuga, é porque se trata de uma grande lição sobre a força da lealdade e da união.

O pequeno exército de Gideão ouviu seu líder gritar ousadamente: Olhai para mim, e fazei como eu fizer... quando eu tocar a trombeta... também tocareis a vossa... e direis: Pelo Senhor e por Gideão! O nome do Senhor e o de Gideão soaram nos campos de batalha naquela noite.

A não ser que cada obreiro cristão se disponha a lutar sob as duas bandeiras: a do Senhor e a do seu líder, nenhuma igreja, trabalho missionário ou organização funcionará com sucesso.

Todo soldado desleal deve ser mandado de volta para casa! Dispense-o o mais rápido possível. Não entregue posto algum a nenhum soldado que, na realidade, não faz parte do pelotão. A grande fraqueza de muitos empreendimentos cristãos está na pouca dedicação à causa e na deslealdade para com a liderança.

A lealdade é o fundamento sobre o qual as grandes obras são edificadas.

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Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. (João 7:24)


Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão já desbotado, e seu marido, trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia, e não haviam marcado entrevista.

A secretária, num relance, achou que aqueles dois com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard.

– Queremos falar com o presidente – disse o homem em voz baixa.
– Ele vai estar ocupado o dia todo – respondeu rispidamente a secretária.
– Nós vamos esperar.

A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.

– Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora – disse ela.
O presidente suspirou com irritação, mas concordou.
Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório.
Com o rosto fechado, ele foi até o casal.

– Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano – disse a mulher. Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui, mas, um ano atrás, ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
– Minha senhora – disse rudemente o presidente –, não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu, se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
– Oh, não – respondeu rapidamente a senhora. Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.

O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
– Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.
A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
– Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?
O marido concordou. O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso.

Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.

(Internet)

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Links


Leia os 9 anteriores "Mini... maxi..." procurando-os no "Índice de todos os meus tópicos".

14 outubro, 2010

8 - POLÔNIA - viagem com saldo positivo!


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A última foto que tirei na Polônia registra, em um sentido, a impressão que me fica: um país antigo cuja modernidade e progresso crescentes são evidenciados na sua arquitetura, nas suas lojas, no seu povo e no próprio ar que se respira ao lá chegar. Um lugar para novos e grandes investimentos, conforme divulga a TV.

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Algo mais para provar isso: tão longe no tempo e no espaço, encontro em uma vitrine de um moderno shopping-center uma antiga máquina Singer, o mesmo modelo daquela que minha mãe tinha e na qual costurava nossas roupas! E quem sabe alguns leitores dirão o mesmo: minha mãe - ou minha avó - também tinha uma dessas!



Membro da União Européia, passará um dia a usar o €uro??


Nada me assustou mais na Polônia do que o idioma falado ou escrito! E algo que me impressionou foi a juventude sempre pronta e até alerta a ajudar, com o seu conhecimento de inglês, aos estrangeiros tendo dificuldade em obter informação pelo fato de as gerações mais velhas não falarem o idioma do turismo no mundo inteiro!




Brasileiros vivem por toda a parte, como mostra este folheto de um show, pelo que decifrei. E alguém falou-me que Ivan Lins estava por fazer show na Polônia!



No hostel, típico prédio do tempo do comunismo, fiz em inglês a pergunta - mais comum em um albergue - a uma moca que não tirava os olhos do seu laptop na sala de estar: Which country do you come from? (De que país você vem?). E sorridente deu-me a resposta: I'm Brazilian! Surpresa gostosa, acompanhada de gargalhada! O mesmo aconteceu quando um jovem, aparentando ser alemão, veio dormir no meu quarto. Em plena Polônia, esta foto é histórica do encontro feliz de um paranaense, uma catarinense e um gaúcho, três sulistas distantes de sua pátria, agora amigos no Orkut.

Com outro rapaz, este alemão mesmo, que dormia no mesmo quarto que eu (o que achei parecido com Chopin!). Este contato com jovens - a maioria simpática e feliz de estar viajando - em albergues acho muito positivo. Pessoas da minha idade geralmente podem hospedar-se em bons hotéis - eu não, mas ganho pelo contato com jovens do mundo inteiro! (No albergue da Cracóvia no mesmo quarto havia jovens dos EUA, Austrália, Portugal, Itália e eu, o "jovem brasileiro" (de coração!)).


Cada quarto do albergue em sua pintura e decoração retrata algum aspecto da história do país. Fui "cair" exatamente no que lembrava o tempo do comunismo e eu "dormia" olhando para o rosto de Lenin... Na copa havia uma abertura com tijolos à mostra, lembrando o muro do Gueto.
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O caso me fez lembrar de uma foto quase esquecida, que tirei em pose de brincadeira em Helsinki, diante do antigo prédio onde morou Lenin, em 1910, conforme a placa à entrada do mesmo.
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O Exército de Salvação (Armia Zbawienia) trabalha em duas cidades na predominantemente católica Polônia, mas não o visitei. Em russo, Armiya Spaseniya.





De fato foi esta a última foto que tirei, no aeroporto, onde pernoitei nos bancos e andei de lá pra cá - e li um livro que comprei - por incontáveis horas até tomar o meu vôo à tardinha do dia seguinte. Por ter comprado uma passagem barata, não pude transferi-la, antecipando-a para dois vôos que saíram pela manhã e início da tarde. Tudo é aventura, inclusive voltar pra casa! E o poster da parede da cafeteria do aeroporto Frédéric Chopin servia a dois propósitos:

- voltar para a casa e encontrar minha esposa e quem sabe voltar um dia à Polônia, um país que amei conhecer!


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CONCLUINDO...





A atriz polonesa de mais fama em Hollywood, Pola Negri (ver abaixo link de poloneses notáveis).



Documentário apresentado e constantemente reprisado na CNN no momento: a história de um jovem casal neo-nazista assumido que descobriu que ambos eram judeus... Passado o choque de descobrir que pertenciam à "raça odiada", hoje ele é judeu ortodoxo assumido! A volta à democracia, em 1989, trouxe também aos judeus poloneses a almejada liberdade.




Você pode dar-me uma única prova irrefutável de Deus? foi a pergunta de Frederick, o Grande, ao Marquês D´Argens: Sim, Majestade, os Judeus!



Uma amiga do Orkut, que também ama o povo judeu, enviou-me o DVD da palestra que Andor Stern - o único judeu brasileiro conhecido que esteve no Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau - fez na escola onde leciona sua mãe na cidade de Santos-SP (veja Google). Andor Stern foi um dos tantos sobreviventes do Holocausto entrevistado pela equipe de Steven Spielberg antes da filmagem de "A Lista de Schindler".



O filme "O Pianista", do diretor polonês Roman Polanski, do qual muito eu ouvira falar mas que assisti somente após minha volta da Polônia. Baseado na vida real, o verdadeiro pianista morreu no ano de 2000, com 88 anos. Um filme imperdível que mostra a realidade do Gueto de Varsóvia e o milagroso salvamento do pianista por um nazista graduado que poupou sua vida no final da guerra.



Sob o ponto de vista histórico e político, assistir ao DVD Karol, o homem que se tornou Papa, é inteirar-se do que aconteceu ao país nas tumultuadas décadas do século passado.


Karol Wojtyla (Piotr Adamczyk) é um jovem de 18 anos que está apenas começando a vida como ator, poeta e escritor quando, do dia para a noite, assiste à sua pátria - a Polônia - ser cruelmente invadida por tropas nazistas. Após seu êxodo para a Cracóvia, passando pelos mais impensáveis horrores, Karol decide tornar-se padre. Poucos anos depois, o comunismo também invade a Polônia. E Karol, humanista e defensor da tolerância, acabará combatendo o regime totalitarista com a coragem que enfim fará a Polônia despertar de seu torpor, chamando a atenção de todo o planeta. (da contracapa do DVD)

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Lista de notáveis poloneses em diversas áreas:

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Polish_people#top


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Obrigado por terem-me acompanhado em mais esta viagem!


7 - O dia cinzento em que fui a TREBLINKA

Livro que adquiri no Brasil (julho 2011), ver também link abaixo. Imperdível para entender por alto o que se passou em Treblinka, o mais cruel dos campos de extermínio nazista.

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Com uma quase total falta de informação de como chegar ao Campo de Extermínio de Treblinka, retornei da Cracóvia à Estação Ferróviária Central de Varsóvia. Com muita dificuldade, pelas "bilheteiras" não falarem inglês, entendi que a cidade mais próxima de Treblinka era Malkinia, a 90km. Comprei o bilhete e embarquei naquela manhã ao que posso chamar de uma aventura tensa e forte.



E pouco tempo depois eu estava fazendo a mesma rota de 900.000 judeus,
Varsóvia-Treblinka!


Queixar-me de que me deram um compartimento de seis lugares, conhecido meu de um número sem conta de viagens de trem, com assentos confortáveis mas que não reclinam, seria de fato a última coisa! Seria muito mais do que uma indelicadeza, seria um pecado ao lembrar-me de como os judeus viajavam para a morte!!



E naquela manhã chuvosa e escura cheguei em menos de duas horas à Malkinia. Que me lembre, esta casinha na estação foi uma das únicas coloridas que vi! Os carros estacionados também nas cores predominantes no Brasil: preta e cinza!




Ah, esqueço-me das bandeirinhas coloridas do Brasil e da Finlândia na minha mochila! E do outro lado, vagões que poderia associar aos milhares que tranportavam judeus para os campos de concentração e extermínio na Europa!



Logo que desembarquei, um homem de idade com um sorriso no rosto, perguntou-me: "Treblinka?" Não há outro meio de condução que leve o visitante até Treblinka, a 30km dali, a não ser por carro alugado ou taxi.



Acertamos o preço, 150 zlotes, cerca de 50 euros, na base de escrever em papéizinhos, e partimos eu e o motorista na sua moderna van Volkswagen (!!)... Por não falar inglês, a viagem foi em silêncio e alguns sorrisos... ("Do Brasil?? Ah, futebol, Pelé!")




A estrada, que vai estreitando mais e mais, é cercada de florestas.



Não fosse a simpatia do motorista e seu esforço sobrenatural de falar inglês, e o meu de "arranhar" o polonês, a viagem teria parecido um pesadelo.




A um certo ponto, a estrada é muito mal-conservada.




E assim chegamos ao vilarejo de Treblinka. O único sinal de vida: jovens de bicicleta voltando da escola para casa, em um sentido como um vilarejo europeu normal.



Lugarejo sem beleza, lúgubre, misterioso e com ar sinistro... a realidade ou o que se passava na minha mente?


A um ponto, outra placa à direita que nos levaria ao exato lugar.




À frente da placa, um estranho e feio monumento cinzento, certamente muito antigo: Campo de Extermínio de Hitler. O conhecido "(o)wski" dos nomes poloneses é o genitivo de posse, o de, o 's inglês logo após o nome. E o nome do monstro ao ser declinado ficou até cômico, se não fosse trágico: Hitlerowski!
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E logo eu descia da van para adquirir o ingresso e assinar o meu nome no livro dos visitantes.




Mais alguns metros e chegávamos a um grande vão descampado e em primeiro plano os trilhos simbólicos do Campo de Extermínio de Treblinka, e logo os monumentos em pedra homenageando os 900.000 judeus que lá morreram cruelmente.



A van com muitos lugares indica que mais passageiros são transportados ao local. No meu caso, foi uma jornada solitária, cinzenta e silenciosa...




... por entre pedras pontiagudas; as da foto cada uma representando os países de onde vieram os judeus que foram assassinados em Treblinka (a terceira da esquerda para a direita, a França).



Treblinka esvaziou o Gueto de Varsóvia.





O monumento central. Sei que a rocha simboliza a resistência, o que é duradouro e está associada ao que deve ser eternizado...
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... mas ao ver rostos das vítimas em pedra, pensei antes nos corações empedernidos dos alemães, uma nação altamente civilizada que seguiu um líder maléfico que, por querer ser um deus, quis aniquilar o povo de Deus!



A inscrição - NUNCA MAIS - em diversos idiomas, é compatível com a rocha e mensagem de grande relevância!
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Cada pedra envolve tanto um significado quanto um lugar de onde vieram os judeus.



Mesmo os caminhos são propositalmente de pedras irregulares, fazendo difícil a caminhada, o que é também significativo.



Para marcar presença, fotografei a mim próprio em Treblinka.



E ao ver as fotos percebi a minha expressão não-ensaiada...




Sem comentário.



Sentindo que já bastava o tempo em que ali ficara, voltando ao taxi colhi uma plantinha com sua raíz, devidamente guardada no meu armário de souvenires, dentro da caneca esmaltada que comprei na Fábrica-Museu de Oskar Schindler. Estranho que, agora que secou completamente, tem a semelhança de arame farpado...



(Foto: Piotr Tolwinski)

"O Senhor declarou que habitaria em nuvem espessa" (2 Crônicas 6:1). Recordo-me de um pensamento que diz: "Senhor, se as nuvens são o estrado dos Teus pés, como estás perto no dia escuro e nublado!" Creio firmemente que Deus não estava alheio, mas colheu para Si as almas dos que morreram no Holocausto. (Ver minha postagem sobre a visita ao Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau). O mesmo acontece nos momentos sombrios de nossa vida: Ele está mais perto do que imaginamos!



O livro "Tell your children" (Conte aos seus filhos), do Museu do Holocausto em Estocolmo, proveu-me deste desenho de Treblinka, a fábrica da morte.



No primeiro postal, participantes da "Marcha dos que Vivem" que desde 1996 tem sido organizada anualmente no Dia da Lembrança do Holocausto (foto: S. Kordaczuk). No segundo postal, o simbólico monumento de Adam Haupt no local onde as vítimas eram queimadas (foto: Piotr Tolwinski).



"Por amor aos judeus, aonde estes pés não me levam?"



De volta de Treblinka e chegando ao por-do-sol à Varsóvia. No dia seguinte viajei de volta para casa.

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Links

Do blog do brilhante Jaime Mendes, a quem agradeço, o comentário do livro "Eu sou o último judeu", escrito por um sobrevivente de Treblinka, cuja descrição feita por Jaime é plena de informações sobre o que foi e como funcionou o considerado mais cruel dos campos de extermínio nazistas:
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Trailer de um filme francês de 1983 sobre Treblinka - muito forte!
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Próxima e última postagem da série:
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Considerações finais sobre minha viagem à Polônia.
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